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A Era da Viralização na Internet

A ideia de “viralizar” parece ser o sonho de um profissional de comunicação e dos criadores de conteúdo da internet. Ter uma campanha atingindo milhões e milhões de pessoas organicamente parece ser um sucesso para o seu marketing e relações públicas, principalmente para quem está começando. 

Mas, uma postagem viral não é realmente tudo o que se espera, e confiar na atenção da Internet é uma jogada arriscada. Ter como objetivo apenas viralizar seu conteúdo, e tornar isto sua principal estratégia de comunicação pode não ser a melhor ideia.

Até que ponto um conteúdo viral vale a pena?

Nos dias de hoje, se você viralizar com um nicho de conteúdo, mesmo que seja apenas com um vídeo, isto pode trazer oportunidades profissionais e patrocínios de marcas, as famosas ‘publis’. Pode ser com uma música, um tutorial ou até memes e conteúdos de comédia.

Os influenciadores digitais ou de conteúdo, em conjunto com fatores sociais, culturais e de motivação pessoal, estão entre os principais elementos capazes de direcionar uma decisão de compra e uma maior aproximação entre uma marca e o seu público-alvo. Hoje, chamados por muitos de ‘profissão do futuro’ o termo “influencer” se tornou uma indústria lucrativa, bem como uma opção de trabalho. Anteriormente, as celebridades eram consideradas influenciadores, pois seu status e autoridade seriam capazes de persuadir seus fãs a fazer compras. No entanto, agora tornou-se possível para o indivíduo cotidiano também ser um influenciador, através da acessibilidade da tecnologia.

No ponto de vista das empresas, um conteúdo viral pode trazer mais clientes e popularizar seu trabalho. No caso dos influenciadores, pode ocorrer de um desconhecido ganhar muito dinheiro quase da noite pro dia, por causa de um conteúdo viral. Mas nem todos estão preparados para esta “fama” da noite por dia e nem todo mundo serve para ser influenciador.

Influenciadores e a Saúde Mental

Nas últimas semanas o caso do influenciador digital Iran Ferreira, mais conhecido como Luva de Pedreiro, que ficou popular em 2022 por causa de seus vídeos de futebol e pelo bordão “receba!”, está chamando a atenção. O influenciador primeiro deletou todos os conteúdos das suas redes sociais e falou que não ia mais fazer vídeos e conteúdos para o Instagram, alegando cansaço da fama e desejo de voltar para sua vida antiga. Depois acabou voltando atrás.

Este e outros casos nos faz refletir até que ponto vale a pena abrir mão da sua saúde mental para viralizar. A influenciadora Sammy, também comentou o choque que foi acordar um dia com mais de 4 milhões de seguidores e o quanto essa exposição afetou na época sua gravidez e sua saúde mental. A influenciadora também comenta o quão difícil era fazer stories e post de publicidade para o instagram enquanto passava por um momento difícil por causa das polêmicas do ex-marido Pyong Lee no BBB. 

Então serve a reflexão de que mesmo ganhando milhões de reais com publicidade e fama repentina, até quanto isto vale a pena por sua saúde mental e valores pessoais. Porque por trás dos seguidores e das publis, são seres humanos e não máquinas.

Então é ruim quando algo viraliza?

Não há nada de errado em querer que sua campanha de marketing tenha alcance. Mas, ganhar essa distribuição por meio de conteúdo e engajamento de qualidade, fornecendo valor e apoiando seu produto de maneira significativa é uma maneira muito melhor de ter sucesso do que “viralizar”. As pessoas que chegam por vídeos virais, podem parar de engajar com você seja por não se identificarem com os conteúdos que você posta geralmente e começarem a seguir outras contas que também postaram vídeos virais. Concentrar-se no que sua marca faz bem, destacar essas coisas de forma sucinta e deixar o trabalho falar por si durará mais do que uma hashtag de tendências.

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