Mesmo antes da pandemia o ato de vender “porta a porta” com revendedores, modelos como por exemplo as marcas Avon e Natura eram conhecidas, já estava saturado entre os consumidores e o mercado atual. Hoje, marcas que só possuem loja física correm o risco de perder espaço com as concorrentes que estão no mundo digital.
Revendedoras e consultoras de marcas estão cada vez mais digitais, com seus próprios sites, produzindo conteúdo para a internet e orientando consumidoras por redes sociais ou aplicativos de mensagens. Além da globalização e da facilidade que temos em adquirir produtos de todas as partes do mundo com os e-commerces.
Não é mais novidade que o consumidor mudou e passou a comprar mais online, e os profissionais apostam que no futuro a digitalização vai além do e-commerce. Agora no pós pandemia o novo perfil híbrido de consumo, mescla experiências nas lojas físicas e no mundo online, exigindo transformações em todos os canais de interação com o cliente.
Se Reinventar Para se Manter no mercado
Digitalizar as vendedoras foi a estratégia de muitas empresas que precisaram se reinventar na quarentena para manter as vendas das lojas. E para não prejudicar os empregados, as empresas incluem os vendedores em seu sistema de comércio eletrônico, por exemplo, com vendas por link com comissão e vendas por WhatsApp e redes sociais.
Mesmo que a marca seja forte no mercado, os varejistas e fabricantes precisam acompanhar as mudanças aceleradas de consumo. Um exemplo foi a loja de roupas Forever 21, que mesmo amada pelo público declarou falência a alguns anos. Um dos motivos foi justamente não oferecer catálogos online, focando apenas em abrir lojas grandes em shoppings. O seu público-alvo sendo majoritariamente jovens, optou cada vez mais pela concorrência.
Outro exemplo é a Natura, que em 2020 comprou a empresa norte-americana Avon, fazendo uma fusão entre as duas.
Nos Estados Unidos, onde a concorrência do mundo dos cosméticos e maquiagem sempre foi maior, a Avon já enfrentava grandes dificuldades em se manter no mercado na última década. Segundo a Forbes, a América Latina contribuia com mais de 50% do faturamento total da Avon. Então com o objetivo de se reinventar e se expandir ao novo mercado online, elas passaram de concorrentes à parceiras de negócios.
Porquê juntar as duas marcas
A fusão das duas marcas deu certo. Ainda em 2020 houve alta de 70% no compartilhamento de conteúdos e de 65% na criação de lojas virtuais criadas pelas consultoras da Natura. As marcas que antes dependiam da força de venda direta, com a migração para o online viram as vendas crescerem 150%.
O conceito de digitalizar uma empresa não se resume em apenas fazer um site ou automatizar processos de negócios que antes eram realizados em ambientes de produção física. O processo de digitalização diz respeito a uma grande transformação das empresas, uma redefinição de valores e serviços que serão entregues ao seu público. Além de investir em marketing de conteúdo e estratégias omnichannel para fazer o seu cliente que gosta de comprar em loja física não se sentir excluído.
Esta oferta e a integração de diferentes canais de atendimento se tornou uma exigência para o consumidor do futuro. Quem prefere ver com os próprios olhos, tocar, degustar e até mesmo sentir o cheiro dos produtos também tem vivido experiências mais ricas com o apoio da tecnologia, misturando o físico com o digital, às vezes sem mesmo perceber.
No mundo dos negócios e do marketing, sempre falamos da importância de se modernizar para entender as mudanças do público-alvo e do consumidor. É necessário estar onde o cliente está, não importa qual seja o canal escolhido por ele.
Se quer saber mais sobre experiência do cliente no digital venha ver o artigo Clientes e a Experiência Digital